terça-feira, 12 de julho de 2011

A PRAÇA DA PEDRA

A Praça do Trabalho, em João Pessoa, edificada entre as ruas da República, São Miguel e Maciel Pinheiro, sentido Ponte Sanhauá/cidade, chama a nossa atenção pela presença de monolítico de aproximadamente 2 mil quilos, trazido do município de Bananeiras, segundo o historiador Arion Farias, para homenagear o presidente João Pessoa, porque à sua sombra descansara depois que o automóvel em que viajava oficialmente apresentara defeito mecânico naquele interior paraibano.


Afirmava ainda o historiador Arion que a pedra de grandes proporções fora trazida no trem, em 1932, e que fora conduzida por braços de mais de mil pessoas, desde as imediações da Ponte Sanhauá até o local em que se acha ainda hoje.



Para o historiador e escritor paraibano José Octávio, quando se pronuncia sobre a reforma e revitalização por que passará a praça, após apreciação do projeto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), essa homenagem fora prestada pelos operários ao presidente João Pessoa, ao final da década de 1920, quando “plantaram” a pedra trazida no trem, das terras do município de Espírito Santo.


A partir desse momento, o local passou a ser conhecido pela população como Praça da Pedra e as razões se prendem pela presença do monolítico e pela admiração dos paraibanos pelo seu presidente e líder político João Pessoa, assassinado a 26 de julho de 1930, na Confeitaria Glória, na cidade do Recife, pelo advogado sertanejo João Dantas. O fato repercutiu a ponto de desencadear a Revolução de 30.


Fonte: Jornal O Norte – Artigos de Isabella Araujo (6/5/2010)
e Juliana Carneiro (20/3/2011)