SP 247 – Os estudantes
secundaristas obtiveram uma vitória histórica contra o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, do PSDB, que pretendia fechar nada menos que 94 escolas,
afetando 311 mil alunos.
O secretário estadual de Educação, Herman
Voorwald, anunciou na tarde desta quinta-feira 19, durante audiência de
conciliação entre governo, professores e estudantes, que a reorganização
do sistema educacional está suspensa e o governo espera, agora, que os alunos
desocupem as escolas.
Nos últimos dias, o governo Alckmin chegou a usar
a polícia contra alunos e professores, para tentar a reintegração de posse. A
ocupação chegou a alcançar 50 escolas.
Alguns docentes foram agredidos e duas lideranças
estudantis, Camila Lanes, eleita presidente da União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas, e Angela Meyer, presidente da Upes, chegaram a ser detidas.
No fim, a despeito da truculência, o governo
paulista foi derrotado e os estudantes venceram. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO DO BLOG: Se a população se
unir em prol dos seus direitos e trabalhar nas ruas de forma pacífica e
ordeira, certamente poderá sempre reverter determinadas situações que lhe
incomodam, desenvolvidas pelos líderes políticos autoritários que se acham
donos da verdade e dos cargos públicos que ocupam, desde os iniciais momentos
de posse.
Eis
ai o recuo de Alckmin no Estado de São Paulo, se é que dá para acreditar na
palavra do político ainda neste país, e assim a estudantada sai ganhando na reivindicação
mais legítima dos seus direitos. Agora é desenvolver outras ações de
reivindicação como por exemplo, melhora dos equipamentos educacionais e das
próprias estruturas físicas das unidades de ensino.
Isso
foi muito bom e se tornou importante exemplo a todos aqueles que são adeptos de
manifestações populares, pois embora tenham sido agredidos pelos policiais sob
ordens do Estado, os estudantes de ambos os sexos não revidaram, e se engajaram
cada vez mais na luta, ocupando as escolas de onde nunca devem ser expulsos e
banidos, ainda que os governantes se achem proprietários do poder.
Agora,
estudantada, a Alckmin e seus candidatos no momento certo, um NÃO bem grande no
dia da eleição. Não é por vingança, mas porque o brasileiro tem que aprender a
votar definitivamente – e isso começa hoje nos bancos escolares principalmente –
em quem não lhe dá as costas e nem usa o autoritarismo como forma de administrar.
Mandar
é saber pedir, para não dizer dialogar, governador.