quarta-feira, 9 de agosto de 2017

VIVI, EM PAZ COM DEUS


Há poucos instantes, Vivi Pedrosa partiu em busca da vida eterna nas paragens celestias, sob a orientação do Pai Eterno. Que lhe sejam abertas as portas da mansão divina e possa reencontrar o amor da sua vida, Rodolfo Pedrosa, a quem se uniu um dia em matrimônio, perante o altar e a sociedade.

Diante da páscoa de Vivi Pedrosa, lembro do poema A MORTE NÃO É NADA, de Santo Agostinho: “A morte não é nada,/Eu somente passei/para o outro lado do caminho”...

Rua Nova, pequeno distrito de Belém, onde dona Vivi viveu até hoje, certamente está triste e a pranteia. O lugarejo sabe da importância dela enquanto em vida, quando recebia a todos indistintamente, principalmente aos mais pobres.

Vêm-me novamente outros versos do sábio Agostinho: A vida significa tudo/o que ela sempre significou,/o fio não foi cortado./Por que eu estaria fora/de seus pensamentos,/agora que estou apenas fora/de suas vistas?

Eu não estou longe,/apenas estou/ do outro lado do Caminho... 
Você que aí ficou, siga em frente,/a vida continua, linda e bela/como sempre foi.

Foi realmente uma mulher comprometida com a seriedade e decência, sempre apegada às suas raízes. Recebeu ensinamentos dos seus pais nesse sentido e não os decepcionou, jamais.

As portas da sua residência se fechavam apenas e tão somente nos momentos em que se recolhia para o repouso noturno com a família. Era um refúgio àqueles que precisavam de uma palavra de conforto ou da sua mão sempre estendida para o amparo cristão.

Perco uma irmã – sua mãe irmã da minha e o seu pai irmão do meu – e sei que me fará muita falta, pois há tempos era meu porto seguro onde aguardava a tempestade ter passado. Nela sempre encontrei carinho, reconhecimento e braços estendidos ao abraço familiar.

Que descanse em paz a sua alma enquanto nos fala através de Santo Agostinho: Vocês continuam vivendo/no mundo das criaturas,/eu estou vivendo/no mundo do Criador.